sábado, 27 de junho de 2009

Acordei tarde ontem, eram umas onze horas. Tinha ficado de tratar dumas coisas para as Universidades Espanholas e não fui, comecei mal. Odeio faltar a coisas que tinha combinado. Almocei umas bolachas à pressa e fui tentar recuperar tempo perdido. Entre sites, fóruns, chamadas, mensagens, o que conseguimos a mais que no dia anterior foi zero. É tipo uma sensação de fraqueza, o tempo (aqueles que não temos) passa a correr e nós não damos por ele! São dúvidas atrás de dúvidas, perguntas que não têm resposta. O telefonema ficou pelo caminho e fui para a aula de condução. Como não seria de admirar, se estiver nervosa ou chateada, as aulas correm-me super mal. Não sei bem como penso ir a exame, mas sinceramente isso não é o que mais me preocupa agora. Aula terminada, uns conselhos pelo meio, e fui ter com o miúdo, McDonalds – McFlurry M&M’s, era hora do lanche, mesmo sem almoço. Voltámos ao início, ler tudo de novo, procurar novas informações, ver que houve prazos que já acabaram e nós não tínhamos reparado. Bum, acho que as lágrimas não correram porque tenho a mania de dar sempre a parte forte, a fraca fica para quando estou sozinha. Umas mini-discussões estúpidas com o miúdo lá pelo meio, só a ajudar à situação. Uma aula de espanhol que não houve. Casa com ela, e – portátil ligado; - favoritos; - vamos lá ver se me escapou alguma informação há pouco. Não, estava tudo mais que certo. Comecei a preencher umas folhas de pré-inscripciones que tinha aqui, Madrid e Galicia, -última hora: o prazo de Madrid ainda não tinha acabado. Quase que deu tempo para sorrir, se não tivesse olhado para os papéis e concluído que não percebia nada daquilo. Pensei: que raio, se ninguém quer saber desta merda porquê que eu tenho de tratar de tudo?! Voltei a pensar, e disse para mim: vá, não podes desistir agora! Continua!. E assim fiz, vim até à impressora da sala, a do quarto está sem tinta, e enquanto estava a imprimir umas folhas olhei à televisão: Mafalda Veiga – Abraça-me bem, porreiro, adoro a música e naquela altura como me sabia bem um abraço bom, olhei para a minha mãe que estava no sofá com o meu pai e disse-lhe: porra hoje é dia 26, nem merecia estar viva. E o meu pai perguntou-me porquê, e eu disse-lhe, hoje há concerto, (de uma maneira seca, o mais possível para conter as lágrimas), onde?, em Castro Verde, sabes onde isso fica?, só sei que é distrito de Beja é perto e não me interessa mais nada, então veste-te anda-te embora queres?, não, anda já, tenho coisas para fazer!, deves pensar que os correios estão abertos à noite para ti, não quero. Quarto. Choro. Sala (merda para a impressora do quarto mais a falta de tinta! Não queria nada voltar à sala a chorar). Vá vamos embora, veste-te, chegamos 10 minutos no máximo atrasados. Fui para o quarto, vesti-me, calças, manga comprida, t-shirt roxa da Tour por cima, all-star amarelas e máquina fotográfica. Entrei no carro ainda a chorar, peguei no telemóvel e fiz uma chamada:
- vais hoje?
- já cá estou, eu ligo-te quando começar
- não, eu vou a caminho
- tas a gozar!
- népia, tas com quem?
- com o pessoal, mas tas a gozar certo?
- népia, vou a sair de Faro agora, espera por mim
- claro!
Estava no carro e naquela altura pensei, não quero saber de Espanha agora, quem quiser que se preocupe. Entre mensagens enviadas e recebidas, olhava ao céu, Pacotes de estrelas! :D E depois uma cadente! Pedi desejo, parecia aquelas miúdas pequenas mesmo felizes, ia para aquilo que realmente gosto e me faz sentir bem, ainda para mais tinha a Família lá, é tipo wow. Mandei mensagem: ‘ não os deixes começar sem mim!’, recebi mensagem: ‘claro que não, isso é impossível :’D’. Sorrisão. Finalmente cheguei, fiz uma viagem de uma hora e quinze mais ou menos, em cinquenta minutos, ya, não saio nada ao meu pai no que diz respeito à condução. Já disse que cheguei? Estacionar o carro, recinto. Recinto, palco. Palco, Família. Família, Miúdas. ‘Mãe, eles estão ali. Quando acabar eu ligo’, ‘ok, diverte-te e juízo’. Beijinhos, abraços, lágrimas, conversas, risos, gozos. E finalmente começou. O resto ainda vou pensar se escrevo aqui ou guardo para mim, é só porque não faz sentido para vocês. Quando acabou, mais beijinhos e abraços, e ‘faz boa viagem, quando chegares avisa’, e assim foi, o caminho de volta parece sempre muito mais curto que o de ida. Porque será? Tive uma noite brutal, depois de um dia de merda. Enfim, ‘é disto que gosto, é disto que vivo’, minha gente ‘nós somos Família’.

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